13 de octubre de 2011 | Noticias | Anti-neoliberalismo
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O paradigma de uma Europa urbanizada e que adquire seus alimentos nos países do sul tem sido uma das primeiras vítimas da atual crise financeira que atinge as grandes potências do capitalismo industrial.
Esta é, entre outras, a reflexão do integrante de la Vía Campesina Europa, o aragonês Javier Sánchez que se integrou à delegação dessa organização internacional de camponeses que vem trabalhando na redação das Diretrizes sobre uso e posse da terra na sede da FAO.
A existência de terras comunais em várias regiões da Europa e sua importância social e alimentar, o envelhecimento da população geral do continente, especialmente no campo e a consciência, aguçada pela crise, da necessidade da soberania alimentar, fazem parte do diálogo com este agricultor espanhol.
A ampliação das fronteiras da União Europeia para o leste significou, segundo Javier, o começo de uma intensa corrida dos países que lideram a coalizão pelo controle das terras cultiváveis e os mercados desses países, que ao mesmo tempo vêm crescer seu custo de vida, e tem sua renda congelada. “Para muitos dos agricultores e cidadãos desses países as expectativas de entrar na ’Europa’ transformou-se em uma grande decepção. E acabaram migrando para países como Espanha, França, Alemanha ou Itália onde são considerados cidadãos de segunda categoria”.
Javier Sánchez, integra a Coordenadora de Organizações de Agricultores Pecuaristas (COAG) do Estado espanhol.
Foto: Rádio Mundo Real
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