4 de agosto de 2015 | Informes especiales | Conferencia Latinoamericana Financiarización | Financiarización de la naturaleza | Agroecología | Bosques y biodiversidad | Mano a Mano
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A lógica da vida pode ser a lógica do mercado?
Ou do mercado financeiro e de suas sucessivas bolhas especulativas?
Pode uma semente o um micro nutriente do solo, uma sabedoria ancestral, cobrar direitos de propriedade intelectual, patentes, fazer parte de mercados globais onde tudo pode ser comprado e vendido?
Em relação a estas questões, movimentos ambientalistas internacionais, junto com organizações de camponeses e camponesas, pescadores artesanais, pastores nômades ou povos originários que moram e vivem de suas florestas ou rios vêm denunciando o conceito de financeirização da natureza.
Um dos lados opostos a este proceso é a agroecologia. Neste programa especial destacaremos alguns dos principios desse conceito –produtivo e econômico, mas também político- a partir de entrevistas a camponesas latinoamericanas que fazem parte da Coordenadora Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC-Via Campesina).
De 24 a 26 de junho, diversos representantes da Via Campesina participaram do Seminário Regional de Agroecologia na América Latina e Caribe, no Centro de Formação Israel Pinheiro, em Brasília. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), organizou o evento que é uma continuação do Simpósio Internacional sobre Agroecologia para a Segurança Alimentar e Nutrição, realizado em Roma em setembro de 2014.
O objetivo da atividade foi o de aprofundar os debates dos processos de integração regional e fortalecer a agroecologia a partir do diálogo entre os campos da sociedade civil, governos e academia.
As organizações camponesas criticaram a apropriação que está sendo feita do conceito de agroecologia que, para elas, representa uma construção coletiva dos movimentos rurais ao longo de sua evolução histórica.
Atualmente, sob o conceito de "Economía Verde", grandes quantidades de dinheiro provenientes da especulação financeira, procuram novas oportunidades de negócio e lucro com a natureza.
As organizações do campo que fazem uma crítica deste processo, vêm pelo menos há uma década criando e desenvolvendo escolas de formação em Agroecologia.
Simone é militante do Movimiento de Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil. Conversou com Rádio Mundo Real sobre a importância política da agroecologia como ferramenta de oposição à financeirização dos bens comuns .
Nas décadas passadas, a proposta de construir um sistema alternativo de produção com base em uma matriz agroecológica foi completamente ignorada pelos governos. Porém, com essa perspectiva de uso técnico para os interesses do capital, o cenário tem se transformado rápidamente.
Em fevereiro deste ano, mais de 200 representantes de organizações e movimentos sociais de camponeses, pescadores, indígenas, agricultores familiares, entre outros, reuniram-se na capital de Mali, Bamako, para participar do primeiro Fórum Internacional sobre Agroecologia.
Do fórum surgiu uma declaração que afirma o compromisso de promover uma produção agroecológica que defenda o intercâmbio de saberes, reconheça o papel da mulher, promova a economia local, proteja a biodiversidade do planeta e lute contra a apropriação corporativa e institucional da agroecologia por parte do capital.
O sistema de produção de alimentos industrial está começando a esgotar o seu potencial produtivo e de lucro por causa de suas contradições internas e suas consequências negativas para o meio ambiente e a saúde pública. A agroecología seria uma resposta a esse modelo.
Aiala, que trabalha em uma escola de agroecologia na Amazônia também falou sobre os desafios da formação política como parte do fortalecimiento político e organizativo.
Recentemente, a agroecologia foi incluida na agenda da integração regional. O Seminário Regional de Agroecología faz parte do Plano de Ação da Agricultura Familiar da Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELAC). A 20° REAF MERCOSUL, realizada em 2013 em Caracas, Venezuela, incluiu a questão na agenda dos Grupos Temáticos para a Adaptação às Mudanças Climáticas e Gestão de Risco Climático.
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