13 de agosto de 2014 | Entrevistas | Financiarización de la naturaleza | Anti-neoliberalismo | Bosques y biodiversidad
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“A batalha do Código Florestal brasileiro não se encerrou, e é uma luta ambiental e agrária. É uma luta de disputa pelos territórios: que foram aglutinados pelo capital no passado, por aqueles que as comunidades conseguiram conquistar, e pelos que hoje estão em disputa”, disse o dirigente Luiz Zarref, do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil (MST).
Apesar da forte oposição da Via Campesina Brasil, a organização ecologista Amigos da Terra desse país e as organizações e movimentos sociais que fazem parte da Carta de Bélem, a reforma do Código Florestal foi aprovada, e foi um grande incentivo para o pagamento por serviços ambientais.
Os fortes vínculos do Congresso brasileiro com o agronegócio foram mais fortes e a modificação legal anistiou os desmatadores e reforçou a mercantilização e financieirização da natureza, explicou Zarref. Os legisladores fortaleceram assim a proposta da economia verde das Nações Unidas na Conferência de Desenvolvimento Sustentável de 2012 no Rio de Janeiro, conhecida como Rio+20. Os “créditos de reserva ambiental” do Brasil, a partir de um processo de cadastro nacional, podem ser negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
A entrevista com Luiz para a Rádio Mundo Real foi feita por nossa companheira Lúcia Ortiz, coordenadora do Programa de Justiça Econômica e Resistência ao Neoliberalismo da Amigos da Terra Internacional. E mais do que responder a uma entrevista, a fala do dirigente sem terra é um “aula de capitalismo verde no mundo real”, como descreveu Lúcia na conversa.
Ouça a entrevista na íntegra no arquivo anexo.
Imagen: Amigos da Terra Brasil
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