O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.
10 de Junho de 2013 | Notícias | Criminalização do COPINH | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
“É urgente que a comunidade internacional se manifeste a favor do respeito aos direitos dos povos indígenas a suas terras, seus direitos humanos e a integridade física das pessoas de comunidades do rio Blanco” disse à feminista da etnia lenca e liderança de COPINH, Berta Cáceres.
No dia 24 de maio, Cáceres foi detida por um posto militar no Departamento Santa Bárbara no norte de Honduras. Como medida substitutiva de sua prisão, enfrenta um julgamento, não pode sair do país e todas as semanas deve se apresentar para assinar um livro no juizado de Santa Bárbara, além de ter confiscado seus pertences.
Foi capturada pelo Exército enquanto viajava para apoiar as comunidades de rio Blanco em Intibucá, atingidas pela intensificação da repressão policial e militar, e a intimidação de funcionários da empresa FICHOSA que atualmente está construindo o projeto hidrelétrico Agua Zarca.
O projeto está situado em terras da etnia lenca, e as comunidades não foram consultadas, violando assim o Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que exige consultas vinculantes a comunidades indígenas atingidas por projetos em suas comunidades.
“Sentiu-se muito forte a pressão internacional nestes dias e é muito importante, porque o contexto disto é atacar a luta de Rio Blanco em defesa do rio Gualcarque onde quer ser construída a barragem”.
Afirmou que é urgente deter a criminalização do COPINH, que está se intensificando na forma de repressão, perseguição, desalojamentos e capturas. “Apesar disso, as comunidades tiveram a assembleia no domingo passado (26) deste mês e ali reiterou-se que a luta continua apesar dessa criminalização.
A Federação ambientalista Amigos da Terra Internacional, junto a diversas organizações sociais, de direitos humanos, de mulheres e de defesa dos territórios se uniram em uma campanha destinadas as autoridades políticas e jurídicas hondurenhas para garantir a liberdade de Berta, a segurança de sua organização e o pleno respeito aos direitos humanos dos defensores e defensoras da natureza nesse país.
Assim, está sendo convocada uma ciberação nesse sentido, e estão sendo enviadas cartas às autoridades exigindo que seja garantida a integridade física e a liberdade plena de Berta.
Participe da ciberação pela anulação do julgamento contra Berta e contra a criminalização do COPINH
Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.