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5 de Junho de 2013 | | | | | |

Mulheres Camponesas do Mundo rumo a sua 4ª Assembleia Internacional

Produção da Via Campesina

Na 6ª Conferência da Via Campesina que se realizará em Jacarta- Indonésia, mulheres camponesas da Ásia, Europa, América e África celebram nos dias 6 e 7 de junho sua 4ª Assembleia Internacional de Mulheres sob o lema Semeadoras de lutas e esperança. Pelo feminismo e a soberania alimentar!

Desde o seu nascimento, a Via Campesina tem procurado estimular a participação das mulheres em todos os níveis de atuação, espaços de poder e representação, como forma de reconhecer a importância das mulheres no processo de construção política do movimento e como forma de erradicar todo tipo de discriminação de gênero.

As mulheres tem sido participantes e lideranças fundamentais na Via Campesina. De fato, o papel da mulher na Via Campesina é uma das características que fazem que este movimento seja único, tanto na história dos movimentos camponeses, quanto entre outros movimentos sociais e organizações internacionais. Para Nettie Wiebe, liderança histórica da Via, o trabalho, as perspectivas, a análise, a energia, a liderança e a presença das mulheres na Via Campesina têm transformado e reforçado o movimento.

Reconhecendo as experiências das mulheres da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo, as mulheres da Via Campesina adotaram um padrão que consistia em organizar assembleias de mulheres antes de suas conferências, as assembleias foram criadas para debater e construir uma agenda de luta, não só de mulheres, mas uma agenda que resgata o papel das mulheres na luta da Via Campesina e que contribui na construção coletiva de outro modelo de sociedade com base na soberania alimentar e a soberania dos povos. Ao longo destes 20 anos, as mulheres da Via Campesina já realizaram 3 Assembleias Internacionais: na Índia 2000, Brasil 2004 e em Moçambique, em 2008.

Para esta IV Assembleia Internacional de Mulheres, camponesas de todo o mundo têm realizado importantes debates sobre o patriarcado, o feminismo e a construção de um feminismo camponês e popular. Para Francisca Rodríguez, parte da Comissão de Mulheres, quando se fala de feminismo, fala-se de uma luta que envolve não só às mulheres do campo, mas a todos os explorados e exploradas da sociedade. Reconhecemos o feminismo como um esforço por compreender a complexidade das formas de exploração e dominação, para construir um movimento integral que articule as diferenças.

Para este espaço de assembleia foram realizados debates sobre o avanço do capitalismo, o agronegócio, a mineração e sua presença na agricultura camponesa como uma ameaça para a soberania dos povos e como atinge as mulheres especialmente. As mulheres da Via Campesina vêm denunciando a apropriação de terras, exigindo uma reforma agrária integral que garanta a justiça de mulheres e homens, a favor da agroecologia, pela terra, a água, as sementes e os bens comuns.

Nesse sentido, a 4ª Assembleia Internacional de Mulheres denuncia o modelo neoliberal e o capitalismo como principais responsáveis de aprofundar as condições de discriminação, de fomentar as situações de violência contra nós as mulheres, colocando elas em uma condição de desigualdade em relação aos homens.

Basta de Violência contra as Mulheres

A Campanha Mundial Basta de Violência contra as Mulheres impulsionada pela Via Campesina completará 4 anos, é uma das campanhas mais ousadas e importantes do movimento camponês internacional, e é fruto de um processo de debate, materializado na V Conferência da Via Campesina de Maputo em 2008.

Na IV Assembleia Internacional de Mulheres que será realizada em junho na Indonésia será feito um re-lançamento desta campanha, que visa denunciar a violência que enfrentam as mulheres baseada na discriminação de classe, gênero, étnica, sexual, que se agrava nas mulheres do campo, e que visa reafirmar ainda o compromisso pela construção de novas relaciones de gênero dentro da Via Campesina.

(CC) 2013 Radio Monde Réel

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