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20 de Maio de 2013 | | |

Os desafios articulados

João Pedro Stédile no início da Assembleia de Movimentos Sociais da ALBA

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Após um período de construção política e social com a meta de resgatar o protagonismo dos movimentos sociais com representação de massas no impulso aos processos de mudanças e elaboração de propostas que enfrentem de forma conjunta as diversas crises do capitalismo na América Latina, em São Paulo Brasil está sendo realizada a Assembleia constitutiva dos Movimentos Sociais rumo à ALBA.

A assembleia começou na quinta-feira 16 de maio na Escola Nacional Florestan Fernandes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), onde está presente Rádio Mundo Real junto a 150 delegadas e delegados do continente. O encontrou iniciou com as palavras de Joel Suarez do Centro Marthin Luther King de Cuba, Nalú Faría da coordenação da Marcha Mundial das Mulheres e de João Pedro Stédile do MST.

O referente da Via Campesina falou sobre a história desse caminho de construção conjunta, destacando o papel do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez no impulso a uma força social que gerasse propostas e mobilizasse setores de resistência ao avanço do capital no campo, as cidades, a educação e a produção de alimentos e energia, entre outros.

E embora considere que essa tarefa foi feita mais claramente nos países da ALBA, principalmente Venezuela e Cuba, os movimentos sociais dos países cujos governos não acompanham esse processo também assumiram o desafio para incidir em seus próprios processos nacionais.

Como vitórias desse processo, apontou para os trabalhos de alfabetização que foram assumidos pelos movimentos sociais, a criação da Escola Latino-americana de Medicina e de Institutos de Agroecologia, entre outros.

Ao caracterizar o processo de construção, Stédile alertou sobre a “armadilha” de vincular os movimentos sociais ao formato institucional da ALBA, como coordenação de governos, e lembrou que a plataforma para esta articulação está na Carta dos Povos aprovada no Fórum Social Mundial de 2009 em Belém do Pará, Brasil.

Ao destacar os desafios desta Assembleia Continental, Stédile destacou a recuperação das lutas de massas em nível continental; a formação política ideológica; o desenvolvimento de meios de comunicação popular; a prática de solidariedade ativa com os povos em luta como Haiti, Paraguai ou Guatemala (afirmou que “já não bastam as cartas de solidariedade”), e o fortalecimento de experiências econômicas autogestionárias.

A fala de João Pedro Stédile pode ser ouvida no áudio anexo. Abaixo o vídeo sobre a instalação da Assembleia produzido pela equipe da ALBA TV nos marcos da Convergência de comunicação dos movimentos sociais.

Foto: Alba TV

Un día histórico para la integración popular from Red ALBATV on Vimeo.

(CC) 2013 Radio Monde Réel

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